21 de janeiro de 2011

Sunrise

Tenho um Sol tão lindo e brilhante. Um brilho que me ofusca e encanta. Um Sol com mãos quentes que me percorrem o corpo, me acelerando os batimentos e arrepiando cada centímetro de mim. E com lábios também quentes que me dominam, silentes, quando de encontro a minha nuca. Lábios que me adoçam a boca e alma no segundo em que tocam os meus. Ah, meu Sol, que frio a sua ausência proporciona. Esperei horas aqui aqui sentada, só pra te ver nascer. E ainda que coberto por nuvens e tão longe lá no horizonte, teus raios me alcançaram hoje.

20 de janeiro de 2011

Julho de 2009.

Feira de Santana, Bahia. Julho de 2009.

Queen,

Os bons morrem jovens, já dizia o poeta. É, mas ele deveria saber que os nem tão bons morrem jovens também. Não  por influência do destino ou algo do tipo. Talvez por estupidez, por querer abrir mão de tudo, assim, de forma triste, trágica, covarde. Aposto 2 dedos da mão que você deve ter pensado: "Que vadia louca e estúpida!" É, acho que sou tudo isso, inclusive covarde. É ignorância dizer que precisa-se de coragem para tomar uma decisão dessa. Não. Precisa-se é de muita covardia.
Sabe, você é uma das pessoas mais inteligentes que tive a honra de conhecer. E não falo de boletins, escola. Vai muito além. Você sabe tanto da vida, mesmo estando nas primeiras primaveras da sua. Você me compreendeu de maneira singular, enxergando através dessa neblina de dureza e rebeldia. E por trás das palavras trêbadas, lia uma mente sóbria.
Olha, não compare a efemeridade de minhas palavras breves, das quais te considerei - especialmente - merecedora,  a infinidade do carinho que tenho por você. Dessa vez não pretendo ser prolixa.

ps.: Augusto estava certo, afinal.

     "É a solução de quem não quer perder aquilo que já tem e fecha a mão pra o que há de vir ♪ "

Voe por todo mar e volte aqui.

A verdade é que eu já estava desistindo e me joguei na frente de qualquer decisão que você fosse tomar. Como se pulasse de um abismo e você fosse o meu para-quedas, abrindo conforme sua vontade. Confiei minha vida a você, confiei a minha felicidade. Apostei todas as fichas. Agora que me dei conta da profundidade a que atingiu esse tão novo-e-imprevisível amor e o tanto que vai doer para arrancá-lo de lá. 
Sinto essas palavras como se tirassem o peso de seu significado de cima de mim. Sabendo que ao lê-las, compartilhará o meu fardo, pois não as confiei a mais ninguém. E conhecerá o meu coração, olhará dentro dele e lá encontrará  a memória e a experiência que lhe pertencem, que são você.  Sempre foi você.
É amor, to soltando da tua mão para que voe e alcance horizontes outrora sonhados por ti. Mas espero que volte. E que ao me ver teu coração bata tão forte quanto os cacos do meu.


"Aos caminhos eu entrego o nosso (re)encontro."