20 de novembro de 2009

Lacônicamente, pra variar.

O que você quer? Olha pra mim, vê. Eu não presto, nem sinto muito. E se disser que sinto, minto. O melhor de mim eu escondo e o pior eu exibo estampado na minha cara. Nesse olhar frio e direto que transpassa o corpo e a alma, que feito detector de mentiras, sente cada vibração, cada mudança de postura. E se o teu coração palpita, posso ouvir a quilômetros de distância, como uma melodia cantada pra me enfeitiçar. Mas não. Você não me engana, nem com o seu discurso mais prolixo sobre o que é o amor, sobre que sem você não saberei quem sou. Desculpa, meu bem, mas se iludir é dos anos 80. Perdeste o lugar no pódio das minhas lembranças. Envergonha-te.


* nota: pequena frase do Bial, referindo-se a Caju.

19 de novembro de 2009

Falling.

E a queda foi alta do lugar de onde despenquei, feito anjo que morreu de raiva. Não sei como ou por quê. Talvez sejam as minhas asas de papel que me impeçam de voar em dias de chuva. Já que ao cair perdi minha graça, a minha sina é ser mortal.