21 de outubro de 2011

Are you there, god? It's me.




I found god, on the corner of the First with Amistad.
Where the West were all but won.
All alone, smoking his last cigarette.
I said “Where you’ve been?”
He said “ask anything”
“Where were you when everything was falling apart?”
                                    You found me – The Fray

Apoiei o peso do meu corpo e da minha alma naquele banco de pedra. Ele estava ali sentado. Meu deus, eu não pensava em deus fazia tempo.

-Oi, deus, ou qualquer que seja o seu nome. Pra facilitar, vou te chamar de Zé. Eu gosto desse nome. Então, Zé, as pessoas costumam falar com você no silêncio dos pensamentos, achei que esse lugar seria silencioso o suficiente. Só há o som dos pássaros e o vento que balança as margaridas. E eu buscava algo menos abstrato.
Pois bem, eu tive a ousadia de escolher um caminho pra mim. Alheio a todo e qualquer julgamento externo. Mas nunca se pode fugir deles, não é? Eu não entendia, no começo. Mas aquilo entrou na minha vida. E continua nela depois de todo esse tempo. E eu gosto tanto, Zé. Me faz bem, sabe? Eu dediquei todo o meu amor àquilo. Me escuta, você sabe o que é ser nada? O que é se sentir vazio? Aquilo me preencheu. E então o julgamento me atingiu como uma bofetada. E falaram em seu nome, dá pra acreditar? Como ousaram? O meu amor não era digno, foi o que disseram. Que poder eles tinham? E o amor puro que eu tinha, agora luta com a raiva por espaço. O meu coração era só amor, eles destruíram isso, Zé. 

Minha cabeça pesou e meus olhos arderam. Adormeci.

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