17 de outubro de 2011

Ah, eu gostaria de ter asas II

De repente, ali estava. Na beirada, como da última vez.
-Ei, Cas.
-Olá, minha menina.
-Por que está usando suas asas hoje?
-Pensei que gostasse delas.
-Não seja bobo. Ou melhor, não me faça de boba. Se veio me buscar, vamos logo. Estou pronta.
-Não, pequena. Vim pra te lembrar que está viva. Levanta-te! Quebra essa casca dura que te impede de executar até o mais simples movimento.
-Tenho medo, você sabe. E odeio sentir medo.
-Mas que graça teria se o sinistro medo sumisse de súbito?
-Olha como são lindas aquelas margaridas naquele pasto lá longe... Imagino como seria caminhar entre elas.
Vislumbrei a paisagem.
-Sabe que pularei e te salvarei como da outra vez, não é? Pois bem. Descobre a que veio, e então irá.
E dessa vez, foi ele quem pulou.



*Pra fazer o mínimo de sentido: Ah, eu gostaria de ter asas

Um comentário:

Amarante disse...

eu ja cansei de dizer, vc tem muuito talento sua babaaacona!