4 de junho de 2010

A verdade é transparente no mirar da tua retina.

Não consigo ler seus olhos confusos, não olhando tão de longe. Como se em meio a tanta cor eles apenas refletissem. Como uma janela de vidro fechada.
Lembro-me bem dessa cena, fruto de alguma brincadeira idiota, você se desequilibra no alto da escada. Como se tivesse sido programado, eu ao seu lado, sou o que você se segura pra não cair. Ali, olhando tão de perto, já não há reflexo. A verdade é transparente no mirar da tua retina. Como se pudesse ver dentro da alma e ouvir o que você pensa, e sentir o acelerar do coração devido ao susto de cair - ou ao toque. Tenho vontade de rir, rir pra sempre. Mas não de desespero, não dessa vez. 

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